Investigações tiveram início em 2017. Mais de 600 quilos de drogas e R$ 5 milhões em bens foram apreendidos.
Integrantes de um grupo criminoso envolvido com tráfico interestadual de drogas e lavagem de dinheiro foram condenados, ao todo, a mais de 130 anos de prisão. Os crimes começaram a ser investigados pela Polícia Federal em 2017.
De acordo com o Ministério Público de Rondônia (MP-RO), foi revelado um esquema milionário e um organograma organizado para lavar dinheiro do tráfico. O grupo tinha sede principal em Porto Velho e contava com dois núcleos nos estados do Ceará e Mato Grosso.
As bases eram usadas para compra de drogas e transporte de entorpecentes, que era feito inclusive por aeronaves. O grupo comprava imóveis, aviões e veículos de luxo para lavar o dinheiro.
A denúncia feita pelo MP-RO à Justiça listava o envolvimento de pelo menos 40 pessoas com a organização criminosa, e a apreensão de mais de 500 quilos de cocaína em Porto Velho, Vilhena (RO) e Juara (MT).
O julgamento foi realizado no início do mês na 2ª Vara de Delitos de Tóxicos em Porto Velho. Além das penas de prisão, que somadas ultrapassam 130 anos, ainda foram aplicados R$ 4,5 milhões em multas e a perda de bens em valor aproximado de R$ 5 milhões.
Operação Fortress
A Polícia Federal (PF) de Rondônia deflagrou em outubro de 2017 a Operação Fortress contra o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. As investigações começaram em maio após informações de que grupos criminosos, já com antecedentes por tráfico, continuavam atuando de forma organizada e utilizando empresas para a lavagem do dinheiro. O principal grupo de atuação estava sediado em Porto Velho.
Ao todo foram expedidos 20 mandados de prisão preventiva, seis mandados de prisão temporária, 16 de condução coercitiva, 35 mandados de busca e apreensão nos estados do Acre, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Rondônia.
Foram apreendidos R$ 5 milhões em carros de luxo na casa de um dos investigados em Porto Velho. Também foram apreendidos cerca de 600 quilos de cocaína durante as investigações.
Por g1 RO