Rondônia liderou o ranking de feminicídios em 2022, segundo dados do 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho deste ano. O estado teve a maior taxa do país, com 3,1 casos para cada 100 mil mulheres. Mencionando o triste cenário, o Ministério Público de Rondônia alertou para a importância da “Proteção Integral às Mulheres em Situação de Violência’, em palestra realizado nesta sexta-feira (18/8), em Espigão do Oeste.
A abordagem foi feita pela Promotora de Justiça Analice da Silva, em atividade voltada para profissionais da rede enfrentamento à violência contra a mulher naquele Município. Na ocasião, a integrante do MPRO falou sobre prevenção, dinâmica e escalada da prática delituosa dentro dos lares, além dos tipos de violência, direitos das vítimas e o pleno atendimento destas pelos órgãos responsáveis.
A esse respeito, Analice da Silva chamou atenção do público presente para a importância de um atendimento sistêmico, multi-institucional e interdisciplinar às vítimas, um trabalho que, conforme pontuou, precisa envolver Polícia, Justiça, assistência social e saúde.
Ainda em sua participação, a palestrante falou sobre a evolução da Lei Maria da Penha; comentou recentes decisões de tribunais superiores que consolidaram o combate à violência contra mulher e sensibilizou o público para a importância da prevenção e do estímulo à denúncia.
“A história do feminicídio não é um ato estanque. Por isso, devemos nos preocupar com a prevenção. Precisamos conscientizar nossas mulheres e atender todas aquelas que procuram a nossa ajuda. O silêncio mata”, afirmou.
Gerência de Comunicação Integrada (GCI)