No estado está previsto 78% do sol sendo coberto pela lua, quando acontecerá a formação de uma lua minguante brilhante no céu.
Um eclipse solar está previsto para acontecer no sábado (14) e os moradores de Rondônia serão privilegiados com a vista. No entanto, é importante ter cuidados com a visão e também com aparelhos celulares ao tentar observar ou registrar o evento astronômico.
De acordo com o professor doutor e integrante do grupo de astronomia do Instituto Federal de Rondônia (Ifro), Fernando Dall’Igna, o eclipse solar acontece quando a Lua se alinha perfeitamente entre a Terra e o Sol.
Em Rondônia, cada localidade poderá observar uma porcentagem do eclipse. Em Porto Velho, por exemplo, no auge do fenômeno está previsto 78% do sol sendo coberto pela lua, criando o formato de uma lua minguante brilhante no céu, afirma o professor.
Qual horário será possível observar?
Conforme Fernando Dall’Igna, os s rondonienses poderão observar o fenômeno a partir das 13:43h (horário local), quando ocorrerá o primeiro contato entre os astros. A partir desse momento, a Lua começará a avançar gradualmente na frente do Sol, o que é chamado de eclipse parcial.
A duração total do eclipse solar será pouco mais de três horas, com o ápice previsto para cerca das 15:21h (horário local), quando a Lua estará mais próxima do centro do disco solar.
Para observar o fenômeno com segurança, é fundamental utilizar óculos especiais e evitar olhar diretamente para o fenômeno, explica o doutor. O uso de óculos solares comuns não são recomendados.
A fase do eclipse total, que é quando surge um anel brilhante em torno da Lua, também chamado de ‘anel de fogo’ não será possível observar em Rondônia. O evento voltará à fase parcial e o último contato, quando a Lua deixará de cobrir o Sol, acontecerá por volta das 16:45h.
Excesso de nuvens no céu ☁️
Apesar de Rondônia estar localizado em um ponto geográfico favorável para observar o fenômeno, Fernando Dall’Igna explica que o excesso de nuvens pode comprometer a observação do eclipse solar.
“No mês de outubro temos uma média de 80% de cobertura de nuvens no céu. Isso pode comprometer, um pouco, a observação”, afirma.
Segundo o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), a previsão para o sábado (14), é de céu parcialmente nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas a qualquer hora do dia.
Como assistir o eclipse solar sem causar danos a visão? 😎
Durante todas as fase do eclipse solar, não é seguro olhar diretamente para o fenômeno, sem a devida proteção. Mesmo com a o sol parcialmente coberto pela lua, a luz solar ainda brilhará de forma intensa, o que pode prejudicar a visão, explica o integrante do grupo de astronomia. Ao observar o eclipse solar é necessário utilizar equipamento adequados, como:
- Lente de máscara de solda Nº 14 ou superior: Pode ser encontrada facilmente em sites online e lojas de material de construção. A lente pode variar de preço, mas custa entre R$ 2 a R$ 5.
- Óculos específicos para a visualização do eclipse: Item pode ser encontrado em sites e aplicativos de venda online. É importante verificar se são mesmo específicos para a observação do sol.
- Telescópio solar: Em Porto Velho, os grupos de astronomia da Universidade de Rondônia (Unir) e do Instituto Federal de Rondônia (Ifro) disponibilizarão os equipamentos para observação de forma gratuita.
De acordo com o professor e doutor, os filmes de raio-x, negativos de fotos e óculos de sol não são recomendados para observar o eclipse solar. Mesmo com proteção UV, assistir ao eclipse apenas com óculos de sol não é confiável devido à intensidade de luz que ainda estará presente na parte exposta do Sol.
Posso usar a câmera do celular para tirar foto do céu?📷
Outro fato que professor ressalta é com o uso do celular para registrar o fenômeno. Apontar a câmera diretamente para o sol, sem proteção, pode resultar em danos ao sensor do dispositivo.
A sugestão é a utilização de um filtro solar específico na câmera do celular ou o uso da lente de solda para capturar imagens do eclipse solar com segurança e sem prejuízos, explica o professor e doutor Fernando Dall’Igna.
Por Emily Costa, g1 RO