Alunos não registraram boletim de ocorrência, mas Polícia Civil segue investigando o caso. Universidade conduz uma investigação interna, após alunos serem expostos a produtos tóxicos.
O Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau) de Cacoal (RO) informou que está investigando o caso do trote universitário que deixou 4 calouros do curso de medicina veterinária internados, após serem expostos a produtos tóxicos.
Ao g1, a unidade educacional revelou que está conduzindo uma investigação interna com todos os envolvidos no trote universitário.
Além disso, a instituição disse que após a conclusão das investigações, punições serão aplicadas de acordo com o regimento interno. A princípio, a punição para esse tipo de ato é expulsão, mas o jurídico analisará o caso. A instituição também esclareceu que o trote não ocorreu em suas dependências.
A Polícia Civil também investiga o caso, mas informou que nenhum dos alunos envolvidos registrou boletim de ocorrência e não se manifestaram até o momento. Mesmo sem os registros, outras diligências são realizadas para esclarecer e avaliar o caso.
Segundo o delegado Fábio Moura, informações preliminares colhidas de maneira informal no Hospital de Urgência e Emergência Regional de Cacoal (HEURO), onde os calouros foram atendidos, indicam que os alunos sofreram lesões leves.
Trote e internações
O trote universitário aconteceu no último fim de semana, no município de Cacoal. Após a atividade, quatro calouros do curso de medicina veterinária deram entrada no Hospital de Urgência e Emergência, após serem expostos a substâncias de uso veterinário.
Durante o trote, os alunos tiveram seus corpos cobertos por substâncias veterinárias e tóxicas, incluindo um produto indicado para tratamento de ‘bicheiras’ em bovinos e creolina (desinfetante de instalações rurais).
Os estudantes chegaram ao hospital com náuseas e a pele e os olhos tingidos por uma mistura azulada. Três, dos quatro alunos, tiveram que passar por médico oftalmologista.
Os jovens receberam alta no mesmo dia, e estão realizando tratamentos oftalmológicos para evitar complicações.
Por Emily Costa, g1 RO