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PF/RO prende Delegado de Polícia Civil que recebia propina da venda de bens da prefeitura de Humaitá

Secretário Municipal de Infraestrutura e advogado também foram alvos da operação que sequestrou R$ 10 milhões em bens

A Polícia Federal de Rondônia deflagrou nesta quinta-feira (21) a Operação Triunvirato, visando desarticular um esquema criminoso que envolvia a venda ilegal de bens apreendidos, como madeira e cassiterita, além de pagamento de propina e lavagem de dinheiro no município de Humaitá, no Amazonas.

As investigações apontaram a participação de um Delegado de Polícia Civil, um Secretário Municipal de Infraestrutura e um advogado no esquema. Os envolvidos usavam suas posições de confiança para desviar e comercializar bens confiscados pela Polícia Rodoviária Federal e encaminhados à Delegacia da Polícia Civil em Humaitá.

Segundo a PF, os donos dos carregamentos apreendidos pagavam propinas, intermediadas pelo advogado investigado, para reaver os bens. Parte desses valores ilícitos era destinada ao Delegado de Polícia, em um esquema que incluía a falsificação de documentos para enganar o Ministério Público e o Poder Judiciário. O grupo simulava a destinação dos materiais à Secretaria Municipal de Obras de Humaitá, com a conivência do secretário da pasta.

Entre os crimes descobertos, está a venda ilegal de cerca de três toneladas de cassiterita, minério usado na produção de estanho, que estava sob custódia da Polícia Civil. A operação revelou ainda a utilização de empresas de fachada para ocultar a origem dos valores obtidos ilegalmente, resultando em graves prejuízos ao patrimônio público e ao meio ambiente.

Durante a operação, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva contra o Delegado de Polícia Civil. Além disso, houve o sequestro de bens avaliados em aproximadamente R$ 10 milhões, montante proveniente do esquema criminoso. As ações ocorreram simultaneamente em Manaus, Itacoatiara e Humaitá.

Os investigados deverão responder por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, crimes cujas penas podem chegar a 34 anos de reclusão. As investigações seguem para identificar outros possíveis envolvidos e mapear o alcance total das atividades ilícitas.

Humaitá, apesar de estar localizado no Amazonas, faz parte da circunscrição da Superintendência da Polícia Federal de Rondônia.

Por Rondônia em Pauta





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