Evento na Comunidade Quilombola de Santa Cruz capacita 100 participantes em fotografia e artesanato, promovendo a valorização da cultura quilombola.
O 2º Festival Cultural: Reconstruindo o Quilombo, realizado na Comunidade Quilombola de Santa Cruz, em Pimenteiras do Oeste (RO), reafirmou sua relevância na valorização da cultura afro-brasileira. Entre os destaques do evento, as oficinas de fotografia e artesanato capacitaram 100 participantes, promovendo o resgate e a celebração da identidade quilombola.
Com 50 vagas em cada oficina, as atividades atraíram não apenas moradores da comunidade, mas também visitantes de outras localidades. Ministradas pelo fotógrafo Washington Kuipers e pelo artesão Márcio Guilhermon, as oficinas proporcionaram aprendizado técnico e reconexão com as tradições locais.
A oficina de fotografia orientou os alunos a capturar as paisagens, o cotidiano e os rostos da comunidade. As imagens resultantes compuseram uma exposição fotográfica, que emocionou os visitantes ao contar a história e ressaltar a beleza da comunidade quilombola por meio de um olhar sensível e autoral.
Já a oficina de artesanato resgatou técnicas ancestrais, como a confecção de peças em palha de buriti. Além de fomentar o empreendedorismo cultural, as atividades inspiraram os participantes a explorar novas possibilidades econômicas, baseadas na preservação e reinvenção de práticas tradicionais.
Contemplado no Edital de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2024, o festival apresentou uma programação diversificada, que incluiu apresentações musicais, rodas de conversa, desfile de moda afro-brasileira e a produção de cartazes contra o racismo.
A presidente da Associação Cultural, Educação, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Diversidade Amazônica (ACEMDA), Andréia Machado, celebrou o engajamento da comunidade:
“Ver a comunidade tão envolvida e comprometida em aprender e compartilhar suas histórias foi inspirador. Isso mostra a força e a importância de eventos que resgatam nossas raízes e promovem o diálogo cultural.”, disse Andréia Machado.
A Rede Diversidade Amazônica, organizadora do evento, é composta por três instituições fundamentais: ACEMDA, Associação de Remanescentes Quilombolas de Pimenteiras do Oeste (ARQOS) e o Ponto de Cultura e Mídia Livre Serpentário Produções. Desde 2015, essa coalizão atua na promoção da cultura e do desenvolvimento sustentável na Amazônia, com foco nas comunidades quilombolas, indígenas e afro-brasileiras.
Este ano o festival contou com apoio do Pontão de Cultura Raízes Amazônicas: Celebrando a Diversidade Cultural é coordenado pela ACEMDA, e segue firme em sua missão de fortalecer a cultura regional de Rondônia. O projeto do Pontão foi contemplado no Edital de Seleção Pública MinC – Nº 9, de 31 de agosto de 2023, como parte da política de base comunitária Reconstruindo o Brasil.
Diante do sucesso desta edição, a Rede já planeja novas ações para fortalecer ainda mais a cultura e o empreendedorismo na região. “Estamos no caminho certo para construir um futuro mais inclusivo e respeitoso para todos”, concluiu Andréia Machado.
Texto e fotos: Assessoria