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Caso ‘Juninho Laçador’: Tribunal do Júri de Ana Clara Marquezini tem data marcada em Vilhena

Defesa tentou mudar Tribunal do Júri para outra comarca, mas Justiça negou

Ana Clara Messias Marquezini

A Justiça de Vilhena marcou para as 8h30 do dia 11 de abril de 2025, no Fórum de Vilhena, a sessão do Tribunal do Júri contra Ana Clara Messias Marquezini pelo homicídio de Carlos Pedro Garcia dos Santos Júnior, conhecido como “Juninho Laçador”, que resultou também na tentativa de homicídio de Carlos Mendes.

A defesa de Ana Clara Messias Marquezini havia entrado com um pedido de desaforamento com suspensão liminar da sessão de julgamento, alegando que a ré enfrenta intensa animosidade e hostilidade pública na Comarca de Vilhena. Segundo o advogado, a pequena população da cidade contribui para a rápida disseminação de informações e rumores, ampliando o risco de pré-julgamento. A defesa argumentou que a repercussão do caso gerou uma mentalidade de culpabilidade antecipada, comprometendo a imparcialidade do Tribunal do Júri e violando a presunção de inocência da ré, por isso solicitou a mudança do julgamento para outra cidade. A Justiça negou o pedido.

Carlos Pedro Garcia dos Santos Júnior, conhecido como “Juninho Laçador”

Na véspera do Tribunal do Júri, realizado em 29 de novembro de 2024, a defesa de Ana Clara Marquezini apresentou um atestado médico alegando impossibilidade de comparecimento da ré. Com isso, apenas os outros dois réus compareceram ao julgamento.

Naquele julgamento os réus Fellype Gabriel Campos da Silva e Kaio Cabral da Silva Pinho foram condenados pelo homicídio de Carlos Pedro Garcia dos Santos Júnior, conhecido como “Juninho Laçador”, e pela tentativa de homicídio de Carlos Mendes. As penas somadas chegam a 48 anos de prisão. Kaio, que executou o crime, foi condenado a 25 anos de prisão, sendo absolvido da acusação de ocultar a arma do crime. Já Fellype, considerado um dos mentores do homicídio, recebeu pena de 23 anos de prisão, sendo absolvido da tentativa de homicídio contra Carlos Marino.

O crime e as investigações

De acordo com a Polícia Civil, Ana Clara, então com 18 anos, teria planejado e incentivado o crime, que ocorreu em 29 de dezembro de 2022. Após terminar um longo relacionamento com Juninho e ver o ex-namorado iniciar um novo relacionamento, Ana teria ficado inconformada e, movida por rejeição, instigado Fellype, com quem namorava à época, e Kaio a executarem o plano.

Kaio Cabral da Silva Pinho

No dia do crime, Kaio emboscou as vítimas em uma mata próxima ao haras onde Juninho trabalhava. Foram realizadas barreiras para forçar a parada do carro das vítimas. Kaio disparou onze vezes contra Juninho, que morreu no local, e baleou Carlos Mendes, que sofreu graves ferimentos e passou por uma cirurgia de alto risco.

Fellype Gabriel Campos da Silva

Detalhes do planejamento

No dia do homicídio, Ana Clara teria buscado uma camiseta para Kaio cobrir as tatuagens e transportado os cúmplices em sua caminhonete, aguardando a execução do plano. Após o crime, a arma utilizada foi descartada em uma lagoa próxima, mas não foi encontrada pela perícia.

A investigação coletou evidências cruciais, como pegadas no local e o tênis usado por Fellype, encontrado em seu quarto, que ligaram os réus à cena do crime.

Vítima secundária: “No lugar errado, na hora errada”

Carlos Marino ficou ferido na emboscada

Carlos Mendes, amigo de Juninho e também funcionário do haras, foi atingido por tiros que comprometeram o pulmão, intestino, bexiga e uma artéria da perna. Ele estava no local há apenas quatro dias, realizando seu sonho de trabalhar com cavalos e participar de competições de laço.

Por Rondônia em Pauta





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