Ela não poderá recorrer em liberdade pelo crime hediondo

Nesta sexta-feira, 11, Ana Clara Marquezini, foi condenada pelo tribunal do Júri por mandar matar o ex-namorado Carlos Pedro Garcia dos Santos Júnior, conhecido como “Juninho Laçador”. O campeão nacional de rodeio foi morto com pelo menos 10 tiros em frente a um haras de Vilhena no dia 22 de dezembro de 2022.
Ana Clara queria que Juninho fosse morto por não aceitar o término do relacionamento e o fato de que ele estava namorando com outra pessoa. Por isso, segundo a polícia, ela fez chantagem emocional para que o atual namorado, comandasse a execução do ex.
Kaio Cabral atirou em Juninho após ser desafiado pelo amigo Felipe Gabriel, namorado de Ana Clara, ex da vítima.
Ana Clara Marquezini foi condenada pelo tribunal do Júri por homicídio duplamente qualificado a 23 anos em regime fechado pelo crime como hediondo, sem direito a recorrer em liberdade. O julgamento que iniciou na parte da manhã só terminou às 21h06.
O crime e as investigações
De acordo com a Polícia Civil, Ana Clara, então com 18 anos, teria planejado e incentivado o crime, que ocorreu em 29 de dezembro de 2022. Após terminar um longo relacionamento com Juninho e ver o ex-namorado iniciar um novo relacionamento, Ana teria ficado inconformada e, movida por rejeição, instigado Fellype, com quem namorava à época, e Kaio a executarem o plano.

No dia do crime, Kaio emboscou as vítimas em uma mata próxima ao haras onde Juninho trabalhava. Foram realizadas barreiras para forçar a parada do carro das vítimas. Kaio disparou onze vezes contra Juninho, que morreu no local, e baleou Carlos Mendes, que sofreu graves ferimentos e passou por uma cirurgia de alto risco.

Detalhes do planejamento
No dia do homicídio, Ana Clara teria buscado uma camiseta para Kaio cobrir as tatuagens e transportado os cúmplices em sua caminhonete, aguardando a execução do plano. Após o crime, a arma utilizada foi descartada em uma lagoa próxima, mas não foi encontrada pela perícia.
A investigação coletou evidências cruciais, como pegadas no local e o tênis usado por Fellype, encontrado em seu quarto, que ligaram os réus à cena do crime.
Vítima secundária: “No lugar errado, na hora errada”

Carlos Mendes, amigo de Juninho e também funcionário do haras, foi atingido por tiros que comprometeram o pulmão, intestino, bexiga e uma artéria da perna. Ele estava no local há apenas quatro dias, realizando seu sonho de trabalhar com cavalos e participar de competições de laço.
Por Rondônia em Pauta