A avaliação e aprovação de dois protocolos vacinais de uso emergencial em tempo hábil, realizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) marca o momento histórico, mediante ao cenário pandêmico no Brasil. Na tarde deste domingo, 17, a diretoria colegiada da Anvisa aprovou os pedidos do uso emergencial no país, das vacinas CoronaVac, produzida pelo Instituo Butantan com o laboratório da China, Sinovac e AstraZeneca, desenvolvida pela Universidade de Oxford com a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz).
As duas vacinas são as primeiras aprovadas no Brasil, no enfrentamento à Covid-19. Este é um grande passo para a concretização do combate à doença. O diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres explicou que, desde o primeiro momento em que foram apresentados os pedidos de autorização para uso emergencial, temporário e experimental da comunidade científica mundial, representada no Brasil pelos cientistas do Instituto Butantan e Fiocruz, a Anvisa deu segmento à análise, já iniciada pelo processo de submissão contínua, de mais de 20 mil páginas de denso material técnico, buscando cumprir o prazo jamais tentado pela equipe arbitrada, de 10 dias corridos para concluir a importante tarefa.
O diretor-presidente da Anvisa elogiou o desempenho dos especialistas que não mediram esforços para honrar com a responsabilidade de testar a qualidade, a segurança e eficácia das vacinas em tempo recorde. “Esses profissionais deram um testemunho de competência e credibilidade. A Anvisa é hoje a única Agência reguladora do mundo a analisar ao mesmo tempo, dois protocolos vacinais de uso emergencial e fez em tempo recorde de nove dias, um feito sem precedentes no dia de hoje. A análise, iniciada em oito de janeiro de 2021 chegou ao fim, com 24 horas de antecedência”.
Antônio Barra reforçou que agora a população contemplada, nos parâmetros do uso emergencial, temporário e experimental poderá ter acesso aos imunizantes sob as marcas, sob os símbolos dos centenários institutos brasileiros, certificados pela Anvisa. Barra enfatizou ainda sobre o cenário provocado pela doença em todo o mundo e o intenso trabalho dos profissionais envolvidos na luta contra o tempo. “Um inimigo, invisível, agressivo e insidioso. Uma doença que se propagada com toque de mãos, proximidade ou através do congraçamento. Hábitos culturais por natureza alegre e acolhedor foram contidos e mutilados”, concluiu.
Ainda na tarde deste domingo,17, em coletiva de imprensa, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello anunciou a logística de distribuição das vacinas aos estados brasileiros que já inicia a partir de segunda-feira (18).
“Essa decisão da Anvisa reforça as nossas expectativas quanto a importância da vacina neste momento de pandemia. Recebemos essa notícia com alegria”, enfatizou o secretário de Estado da Saúde, Fernando Máximo.
RONDÔNIA PREPARADO PARA RECEBER OS IMUNIZANTES
Conforme já anunciado pelo titular da pasta da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Rondônia está preparada para receber as vacinas liberadas pela Anvisa. A elaboração antecipada do Plano de Vacinação contra à Covid-19, mostra a seriedade e o interesse por parte do Governo do Estado em imunizar, o mais breve possível a população dos 52 municípios.
De forma antecipada, o governador, coronel Marcos Rocha determinou a compra de seringas, com isso, o Estado possui aproximadamente 700 mil unidades em estoque. O Ministério da Saúde (MS) também disponibilizará os instrumentos, mas pensando além, o Governo, por meio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) resolveu adquirir um estoque ainda maior.
É importante mencionar que Rondônia tem aproximadamente 1.8 milhão de habitantes, como a imunização vai acontecer em duas doses, serão necessárias, pelo menos, 3.6 milhões de seringas com aumento de mais 10%, em caso de necessidade.
Para o secretário de Estado da Saúde, Fernando Máximo, esta é uma grande conquista para a humanidade, através da Ciência, uma vez que os imunizantes, são a esperança para todos, consequentemente, um fôlego nas unidades hospitalares.
“O importante é quando as vacinas chegarem, a gente não perca tempo. As seringas estão disponíveis e vamos vacinar tão logo chegue. Vale salientar que, a vinda das vacinas não é motivo para que a população caia no descuido quanto às medidas de higienização e o distanciamento social. Pois o momento ainda é de muita cautela e esses são os cuidados básicos para o enfrentamento à doença, a fim de não sufocarmos o sistema de saúde”, reforçou.
Depois de adquirir as vacinas validadas pela Anvisa, o Ministério da Saúde começará a atuar na logística, que conta com a parceria de empresas áreas privadas, que se disponibilizaram, como ainda a cooperação da Força Aérea Brasileira para que as vacinas sejam transportadas com segurança e rapidez, nos 26 estados federativos e no Distrito Federal.
Chegando a Rondônia, as vacinas sairão do aeroporto em caminhões refrigerados e serão armazenadas em três grandes câmaras frias, na Rede de Frio, na Capital. Depois de completamente armazenadas, serão distribuídas para as regionais de Saúde, além de Porto Velho, Ariquemes, Ji-Paraná, Rolim de Moura, Cacoal e Vilhena, de forma bem organizada, armazenada e na temperatura correta.
Em seguida, as regionais de Saúde irão distribuir aos 52 municípios, de acordo com cada regional, e entregue às prefeituras, em especial às Secretarias Municipais de Saúde, que agora sim, a partir deste momento, vão assumir a execução da imunização nos rondonienses.
Fonte
Texto: Jaqueline Malta
Fotos: Jaqueline Malta e Edcarlos Carvalho
Secom – Governo de Rondônia