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Caso Antonieli: TJ nega atendimento psicológico particular para acusado de matar grávida em RO

Gabriel Henrique Santos Souza Masioli e Antonieli Nunes Martins — Foto: Reprodução/Facebook

Juíza aponta que unidade prisional onde Gabriel está disponibiliza atendimento psicológico aos presos, inclusive ao réu, por isso ele não precisaria de atendimento privado.

O Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO) negou, nesta semana, o pedido de assistência psicológica privada para Gabriel Henrique Souza. Ele é acusado de matar Antonieli Nunes para não assumir a paternidade do filho que ela esperava, em Pimenta Bueno (RO).

O Ministério Público do Estado (MP-RO) também havia se manifestado contra o pedido feito pela defesa do réu, pois segundo o MP, o Estado tem profissionais próprios para atender o acusado, caso seja necessário.

Segundo o promotor de Justiça, Tiago Cadore, “não há nenhum motivo para que ele [Gabriel] receba atendimento diferenciado na cadeia”.

Entenda

Na última semana os advogados do réu entraram com um pedido de avaliação psiquiátrica alegando que ele sofre de insanidade mental. O pedido foi acatado pela Justiça e o processo foi suspenso por até 60 dias.

A decisão aponta que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) deve designar um especialista em psiquiatria para realizar o exame. Se confirmada a insanidade mental, Gabriel poderá receber tratamento psiquiátrico no seu processo.

Porém, a defesa queria que ele fosse atendido por um profissional particular. A juíza Roberta Cristina Garcia Macedo, titular da Vara Criminal de Pimenta Bueno (RO), indeferiu o pedido, já que a unidade prisional onde Gabriel está disponibiliza atendimento psicológico aos presos, inclusive ao réu.

Na mesma decisão, a magistrada derrubou o sigilo do caso, considerando que “a repercussão do fato tratado deve ter a necessária transparência”.

O g1 entrou em contato com a defesa do acusado, mas não recebeu retorno até a última atualização desta matéria.

Relembre o caso

Antonieli foi morta no dia 2 de fevereiro e o corpo dela encontrado no dia seguinte, após parentes irem até uma casa para verificar o que estava acontecendo, pois a vítima não apareceu para trabalhar e nem respondia mais as mensagens de celular.

Gabriel compareceu na delegacia no mesmo dia que o corpo foi achado. Ele confessou o crime, mas não ficou preso. Um dia depois, a Justiça de Pimenta Bueno decretou sua prisão e desde então ele se encontra detido.

O acusado é casado e manteve um relacionamento extraconjugal com Antonieli por 10 meses, segundo as investigações. Um dia antes do crime, ela teria revelado a ele que estava grávida e não queria esconder quem era o pai.

Em depoimento, Gabriel contou que teve um “ataque de ansiedade” e começou a estrangular Antonieli enquanto eles estavam deitados “de conchinha”.

Ele revelou que só parou o mata-leão quando não sentia mais o próprio braço, “de tanto que havia apertado o pescoço” dela.

Alguns instantes depois, ele teria percebido que Antonieli respirava e pediu que ela desse sinais se ainda estava viva. Quando percebeu os sinais, ele deu uma facada no pescoço da mulher e abandonou a casa levando os pertences e objetos que tinha tocado.

A morte de Antonieli Nunes Martins, de 32 anos, chocou todo o país no início de fevereiro. Familiares e amigos chegaram a realizar um protesto pelas ruas de Pimenta Bueno pedindo por Justiça.

Por g1 RO





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