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Caso ‘Juninho laçador’: júri de Ana Marquezini é adiado, mas júri dos outros envolvidos se mantém

Advogado da ré apresentou atestado médico e não poderá estar presente

Fórum de Vilhena

Na manhã desta sexta-feira, 29, acontece no Fórum de Vilhena, a sessão do Tribunal do Júri contra Fellype Gabriel Campos da Silva e Kaio Cabral da Silva Pinho, acusados pelo homicídio de Carlos Pedro Garcia dos Santos Júnior, conhecido como “Juninho Laçador”, e pela tentativa de homicídio de Carlos Mendes. O julgamento, que deve se estender até sábado, será realizado normalmente para os dois réus, enquanto o júri de Ana Clara Messias Marquezini, outra acusada no caso, foi adiado. O advogado dela apresentou atestado médico e não poderá estar presente. Em justificativa, ele disse que está impossibilitado de exercer suas atividades durante 15 dias, a contar do dia 28/11/2024, justamente na véspera do julgamento.

O crime e as investigações

De acordo com a Polícia Civil, Ana Clara, então com 18 anos, teria planejado e incentivado o crime, que ocorreu em 29 de dezembro de 2022. Após terminar um longo relacionamento com Juninho e ver o ex-namorado iniciar um novo relacionamento, Ana teria ficado inconformada e, movida por rejeição, instigado Fellype, com quem namorava à época, e Kaio a executarem o plano.

Juninho Laçador foi morto na saída do Haras Marquezini

No dia do crime, Kaio emboscou as vítimas em uma mata próxima ao haras onde Juninho trabalhava. Foram realizadas barreiras para forçar a parada do carro das vítimas. Kaio disparou onze vezes contra Juninho, que morreu no local, e baleou Carlos Mendes, que sofreu graves ferimentos e passou por uma cirurgia de alto risco.

Carlos Marino ficou ferido na emboscada

Detalhes do planejamento

No dia do homicídio, Ana Clara teria buscado uma camiseta para Kaio cobrir as tatuagens e transportado os cúmplices em sua caminhonete, aguardando a execução do plano. Após o crime, a arma utilizada foi descartada em uma lagoa próxima, mas não foi encontrada pela perícia.

A investigação coletou evidências cruciais, como pegadas no local e o tênis usado por Fellype, encontrado em seu quarto, que ligaram os réus à cena do crime.

Vítima secundária: “No lugar errado, na hora errada”

Carlos Mendes, amigo de Juninho e também funcionário do haras, foi atingido por tiros que comprometeram o pulmão, intestino, bexiga e uma artéria da perna. Ele estava no local há apenas quatro dias, realizando seu sonho de trabalhar com cavalos e participar de competições de laço.

Próximos passos

Enquanto o julgamento dos réus Fellype e Kaio segue em frente, a nova data para o júri de Ana Clara será definida. Tendo em vista que a pauta dos júris de 2024 findou, a justiça deve aguardar a reabertura da pauta de sessões de julgamento perante o Tribunal do Júri em 3 de fevereiro de 2025. O caso continua a chamar atenção por sua brutalidade e os complexos sentimentos de rejeição e vingança que o motivaram.

Por Rondônia em Pauta





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