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Caso ‘Juninho Laçador’: três acusados vão a júri popular em novembro

Homicídio aconteceu em dezembro de 2022

Juninho Laçador foi morto na saída do Haras Marquezini

Está marcada para o dia 29 de novembro, às 8h30, no Fórum de Vilhena, a sessão do Tribunal do Júri contra Ana Clara Messias Marquezini, Fellype Gabriel Campos da Silva e Kaio Cabral da Silva Pinho pelo homicídio de Carlos Pedro Garcia dos Santos Júnior, conhecido como “Juninho Laçador”, que resultou também na tentativa de homicídio de Carlos Mendes.

Carlos Marino ficou ferido na emboscada

O que apontaram as investigações

Segundo a Polícia Civil as investigações concluíram que Ana Clara Messias Marquezini, que na época tinha 18 anos, planejou e instigou o homicídio de Carlos Pedro Garcia dos Santos Júnior, conhecido como “Juninho Laçador”, que resultou também na tentativa de homicídio de Carlos Mendes.

Ana e Juninho teriam terminado o longo namoro e após quatro meses, Juninho iniciou um novo relacionamento com uma jovem de Chupinguaia e era visto feliz, segundo relatos de testemunhas. Ana estava namorando Fellype Gabriel Campos da Silva, que na época tinha 20 anos.

Porém, em meados de novembro de 2022, Ana tentou reatar o namoro com Juninho, ao ser rejeitada ela não aceitou o ‘não’ e foi motivada por um sentimento de repulsa, produto da rejeição. Foi quando começaram a aparecer os indícios de que o crime poderia acontecer.

Kaio Cabral da Silva Pinho

Aos poucos ela foi instigando e desafiando Fellype e Kaio Cabral da Silva Pinho, que na época tinha 18 anos, para cometer o crime. Ela conseguiu o feito no dia do crime, 29 de dezembro de 2022.

Nesse dia, mais cedo, os três chegaram a entrar no haras e Kaio recebeu uma camiseta manga longa que Ana buscou na casa do avô para encobrir as tatuagens.

Fellype Gabriel Campos da Silva

Fellype ajudou Ana porque ele não queria que ela manchasse as mão de sangue e Kaio teve a coragem dele colocada em cheque por Ana e puxou o gatilho por amizade com Fellype.

Kaio ficou amoitado em uma mata no meio das duas possíveis saídas, que foram fechadas para forçar a parada deles. Após matar Juninho, ele correu e se encontrou com Fellype. Ambos correram muito até chegar no local onde Ana os esperava na caminhonete. Após saber do homicídio, ela percebeu que o que tinha feito não era um conto de fadas.

A arma do crime foi jogada numa lagoa próximo ao pesqueiro do Roque. O Corpo de Bombeiros e a perícia mergulharam no lamaçal e fizeram uso de detector de metais, mas não encontraram a arma que havia sido furtada no dia 18 de novembro desse ano.

A perícia trabalhou toda a noite e no dia seguinte sem descansar, coletaram pegadas dos pneus da caminhonete e dos tênis que ajudaram a desvendar o crime. Havia muitas pegadas no mato, mas uma era da caminhonete usada e outra era dos tênis usados por Fellype, e que foi encontrado dentro do seu quarto.

Carlos Marino foi atingido com vários tiros e precisou passar por cirurgia de alto risco. Os tiros afetaram o pulmão, o intestino e a bexiga de Carlos. Um deles também atingiu uma artéria na sua perna, causando muito sangramento.

“No lugar errado, na hora errada”

Carlos estava trabalhando no haras há apenas quatro dias, juntamente com Juninho, quando o crime aconteceu. Ele amava cuidar dos cavalos e participar de provas de laço.

Carlos e Juninho eram amigos, companheiros. Ambos laçavam juntos, faziam treinos juntos e faziam provas juntos.

As duas vítimas estavam dentro do carro, em frente ao haras, quando foram atacadas a tiros. Onze disparos atingiram Juninho, que morreu no local. Carlos foi baleado pelo menos quatro vezes.

Da redação do Rondônia em Pauta





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