O ex-juiz federal e ex-ministro do governo Jair Bolsonaro diz que tem um “País para salvar da polarização”
O site Poder360 repercutiu entrevista concedida pelo ex-juiz federal Sérgio Moro à Rádio Bandeirantes FM de Porto Velho. Ele também ocupou o cargo de ministro da Justiça no início da gestão Jair Bolsonaro (PL).
Na última terça-feira, 18, o pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos disse que sua próxima viagem será para a Região Norte, especificamente a Rondônia.
“Estou numa jornada pelo país. Devo ir para a Rondônia em breve, para encontrar não só o pessoal do Podemos e o deputado Léo Moraes, mas para conversar com a sociedade civil. Sabemos da importância de ouvir as pessoas não só sobre o projeto nacional, mas sobre as demandas regionais”, alegou.
O ex-magistrado iniciou sua incursão eleitoral logo na primeira semana de 2022 quando rumou ao Nordeste com intenção de frear seu isolamento na região.
Em determinado trecho de suas declarações, Moro chegou a dizer que há “um país para salvar de uma triste polarização entre pelegos e milicianos”.
Ele espera construir o que denominou como “uma nação moderna e inclusiva”.
O futuro postulante está na mira, de fato, dos dois lados da moeda. Os adeptos da esquerda o veem como “juiz ladrão”, parcial, especialmente após o vazamento de conversas travadas no Telegram e veiculadas pelo Intercept Brasil. Nesses diálogos, a força-tarefa da Lava-Jato é acusada de supostamente combinar deliberações relacionadas ao julgamento do ex-presidente Lula.
Lado outro, para o grupo bolsonarista, Moro seria um “traíra” porque saiu da gestão “atirando”, alegando interferência do Planalto na Polícia Federal (PF).
Já na sua primeira tentativa de fazer política eletiva, quando chegou à Paraíba, fora hostilizado por uma turba que o esperava no aeroporto Castro Pinto em João Pessoa.
Sua 1ª parada foi na Paraíba. Na ocasião, ele foi hostilizado ao desembarcar em João Pessoa, no aeroporto Castro Pinto. Manifestantes o chamaram de “juiz ladrão” e “traíra”.
“Houve uma breve confusão depois de uma pessoa reagir aos insultos, mas a situação acabou se dispersando. Em resposta ao episódio, Moro disse que as vaias foram protagonizadas por “uma ou duas pessoas que provavelmente foram pagas”. Em entrevista à Rádio Jornal, disse: “Nesses tempos de internet, pega duas pessoas, que provavelmente foram pagas, e faz uma gritaria”, contou o Poder360.
Apesar de Sérgio Moro alegar vir a Rondônia para se encontrar com Léo Moraes, presidente estadual do Podemos, o deputado federal não manifesta apoio público à eventual candidatura do ex-juiz.
Fontes próximas do parlamentar alegam, nos bastidores, que ele não quer perder, de antemão, o apoio dos adeptos do atual regente do Palácio do Planalto nas eleições deste ano.
Por Rondoniadinamica