Prejuízos e demissões de funcionários, por causa da crise, foram alguns dos assuntos pautados no encontro
Em reunião organizada pela Associação Comercial e Empresarial de Vilhena – ACIV, que contou com a participação de 11 dos 13 vereadores da cidade, comerciantes relataram seu desespero ao ver seus negócios definharem e seus colaboradores desempregados diante da crise econômica que a pandemia tem causado.
Durante a reunião houve consenso geral que é necessário combater a doença sem sacrificar os empregos e renda de nossa cidade. É necessário ainda que haja sim uma fiscalização nos estabelecimentos que não seguem as medidas de proteção, e não sacrificar aqueles que seguem.
“Nós sabemos da dificuldade que a Vigilância Sanitária, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros sofrem com falta de efetivo, mas é necessário que seja planejada uma força tarefa para realizar estas fiscalizações. A equipe da vigilância é a mesma de antes da pandemia” disse o presidente da ACIV, Dirceu Hoffmann.
Diversos empresários já relataram que se fecharem novamente não abrirão mais, e que neste momento, após uma ano de instabilidade, muitos não têm recursos nem para recisão de seus funcionários.
Neto do “La Isla” falou sobre os prejuízos que teve pelo fato de seu setor ser o que ficou mais tempo fechado. “Eu já trabalhava no ramo de eventos, e abri este estabelecimento ano passado. Esse ano já tive que dispensar sete dos treze funcionários”, lamentou.
Há uma grande preocupação com a situação da saúde, que mesmo após um ano não conseguiu criar estrutura suficiente para este momento. Contudo, há também uma preocupação grande com a questão social.
“Temos que ter consciência que nossa população está passando fome, que o auxílio do Governo Federal acabou, e com o desespero vem a revolta, e esta sim é uma onda que não há político que consiga segurar. E o que queremos é evitar esta situação”, reforçou.
Após presenciar estes relatos, os vereadores se mostraram solidários à situação do setor produtivo de nossa cidade e se colocaram a disposição para ajudar a encontrar propostas através de uma ação conjunta entre o poder legislativo, executivo, sociedade e comércio.
O presidente da ACIV cita ainda que este é o momento oportuno para esse tipo de ação. Dirceu acredita que a mudança na Secretaria de Saúde abrirá espaço para o diálogo e trará fôlego novo para estas ações conjuntas.
Por Jessica Chalegra
