14 de novembro de 2025 | Email: [email protected] | Telefone: (069) 98160-2636

Falsos policiais civis, presos após extorquir comerciantes com falsa venda de publicidade, têm prisão preventiva decretada

Dupla alegava vender espaço em revista supostamente ligada à Polícia Civil; Justiça converteu prisão em preventiva

Dois homens foram presos na última sexta-feira (2) após se passarem por policiais civis e extorquirem comerciantes em cidades do interior de Rondônia. A dupla alegava vender espaço publicitário em uma revista supostamente vinculada à Polícia Civil, o que se provou falso. A ação criminosa foi interrompida após a denúncia de um comerciante, o que possibilitou a atuação da polícia.

Segundo a Polícia Civil, os suspeitos usavam linguagem intimidadora para solicitar dinheiro nos estabelecimentos. Em troca, prometiam divulgar os comércios em uma publicação inexistente, supostamente ligada à instituição. Os valores pedidos variavam entre R$ 350,00 e R$ 600,00, e algumas vítimas chegaram a receber adesivos como suposta comprovação de participação na revista.

Uma comerciante relatou que foi abordada por um dos homens, que apresentou a suposta revista e prometeu maior visibilidade ao seu negócio mediante o pagamento. Ela efetuou a contribuição de R$ 350,00 e recebeu os adesivos para afixar no comércio.

De acordo com o delegado Fábio Campos, responsável pelo caso, os suspeitos não possuem qualquer vínculo com a Polícia Civil. “Estão extorquindo comerciantes na cidade ‘pedindo’ dinheiro. Por favor, se puderem alertar através de reportagem, para que o comércio saiba que não se trata de policiais civis nem vínculo algum com qualquer setor oficial da Polícia Civil”, disse.

As investigações indicam que a dupla teria aplicado o mesmo golpe em outras cidades da região. A Polícia Civil orienta que comerciantes que recebam esse tipo de abordagem entrem imediatamente em contato com as autoridades e não realizem qualquer pagamento. O uso indevido da imagem institucional da Polícia Civil para fins de extorsão é crime, e os responsáveis poderão responder judicialmente.

Neste sábado (3), a Justiça converteu a prisão dos suspeitos em preventiva. A decisão levou em conta o fato de que os acusados não possuem residência fixa na cidade, o que, segundo a magistrada responsável pelo caso, pode comprometer a instrução do processo e a aplicação da lei penal.

Por Rondônia em Pauta





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