De acordo com a polícia, a vítima e o suspeito não sabiam da gravidez. Investigação apontou que crime foi cometido por ciúmes.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Beatriz Ferreira, de 14 anos, apontou que a adolescente estava grávida quando foi morta e quase degolada no início deste mês. O ex-namorado da vítima, de 22 anos, é suspeito de ter cometido o crime por não aceitar o fim do relacionamento entre os dois.
O crime aconteceu no distrito Colina Verde, município de Governador Jorge Teixeira (RO). De acordo com as provas coletadas durante a investigação feita pela Polícia Civil, nem a vítima ou o suspeito sabiam da gravidez.
“Nós não trabalhamos com a linha de investigação de que esse feminicídio tenha sido praticado por ela estar grávida ou com o intuito de ocultar a gravidez. Pelo que restou apurado através das testemunhas e também do conteúdo dos celulares da vítima e do suspeito, é que ambos desconheciam esse fato”, relatou a delegada Caritiana Cuellar.
Conclusão do inquérito
As investigações sobre o caso de Beatriz foram concluídas esta semana e comprovaram que o crime foi premeditado. Mas mesmo depois da separação, o suspeito continuava procurando a vítima, até que no dia do crime a convidou “para uma conversa como amigos”.
Segundo seu depoimento à polícia, ele não aceitava o fim do relacionamento e sentia ciúmes da adolescente.
“Ele assassinou ela. Depois ainda gravou o ato e encaminhou vídeos da adolescente morta, quase decapitada, para alguns familiares. Quando ele foi questionado pela investigadora sobre o motivo de ter gravado a menina morta, ele disse que é porque queria que a polícia acreditasse que ele realmente era o autor”, informou a delegada Caritiana Cuellar.
Inicialmente havia a hipótese da arma do crime ser um canivete, mas as investigações da Polícia Civil apontam que foi usada uma faca.
Ainda de acordo com a delegada, em nenhum momento do seu depoimento o suspeito demonstrou arrependimento. Muito pelo contrário, se mostrou “uma pessoa extremamente fria”. Depois do crime, foi ele quem ligou para a polícia. Desde então se encontra preso.
“É um crime brutal. Um feminicídio brutal praticado por ciúmes. Ele ficou com ciúmes por causa da roupa que ela estava usando, um short, que na opinião dele, era curto. Porque ela foi em um lugar e não avisou pra ele que tinha ido e isso motivou uma briga. Ela colocou fim no relacionamento e ele, insatisfeito, decidiu matá-la”, disse a delegada.
Por Mikely Azevedo, Rede Amazônica