Júri acatou as qualificadoras de motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima

O Ministério Público de Rondônia (MPRO) obteve, na noite da sexta-feira (11/4), a condenação de Ana Clara Marquezini acusada de mandar matar o ex-namorado, Carlos Pedro Garcia dos Santos Júnior, conhecido como “Juninho Laçador”, por ciúmes, em Vilhena. O júri popular acatou a denúncia do MPRO e fixou pena de 23 anos de reclusão. A sessão do Tribunal do Júri teve duração de 14 horas e resultou na responsabilização da acusada por homicídio qualificado por motivo torpe e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Ana Clara planejou o crime após o término do relacionamento, ao descobrir que o ex-companheiro iniciara um novo namoro. Em 18 de novembro de 2022, ela subtraiu uma pistola, calibre 9mm, do haras local, e convenceu seu atual namorado, Fellype Gabriel Campos da Silva, a organizar a execução.

O crime ocorreu em 29 de dezembro de 2022, por volta das 19h, na saída do haras em Vilhena.

Ana Clara e seus comparsas, Fellype e Kaio Cabral da Silva Pinho, fecharam as porteiras do local para forçar a parada do veículo onde estavam Juinho Laçador, acompanhada do amigo Carlos Merino. Quando o jovem desceu para abrir a porteira, o executor Kaio, recrutado pelo namorado de Ana Clara, Fellype, disparou contra os ocupantes do carro. O ex-namorado, Juninho Laçador, morreu antes da chegada dos bombeiros, com 11 tiros, enquanto Carlos, atingido por quatro projéteis, sobreviveu após atendimento médico.

Após o homicídio, o contratante (Fellype) e o executor (Kaio) ocultaram a arma do crime, descartando-a em local de difícil acesso.

Em novembro do ano passado, aconteceu o julgamento do executor do crime (Kaio) e do contratante (Fellype). Eles foram sentenciados a 25 e 23 anos, respectivamente. Na mesma data, Ana Clara, acusada de planejar o crime não foi julgada porque foi apresentado atestado médico pedindo afastamento das atividades por motivos de saúde.

Atuação do MPRO
O Ministério Público foi representado no julgamento pelos promotores de Justiça Rodrigo Leventi Guimarães e Vinícius Basso de Oliveira, que sustentaram a tese da acusação diante do Conselho de Sentença. A atuação do MPRO visa defender o direito à vida e assegurar a responsabilização penal dos autores de crimes dolosos contra a vida. A condenação dos envolvidos reforça o compromisso da instituição com a segurança pública e o combate à violência.
Por:Rondônia em Pauta com informações da Gerência de Comunicação Integrada (GCI)