O servidor é apontado como integrante de uma organização criminosa atuante dentro do órgão ambiental, recebendo propinas para omitir fiscalizações e agilizar processos de licenciamento em áreas ilegalmente apropriadas.
Na manhã desta quinta-feira (19), a Polícia Federal deflagrou a 5ª fase da Operação Greenwashing, que tem como objetivo combater crimes ambientais no Amazonas. Um mandado de prisão preventiva foi cumprido contra um servidor do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), que ocupava o cargo de gerente de controle florestal. O investigado é suspeito de tentar impedir o cumprimento de medidas cautelares determinadas pela 7ª Vara Ambiental e Agrária da Justiça Federal no estado, no âmbito da terceira fase da mesma operação, realizada em 9 de dezembro de 2024.
Segundo as investigações, o servidor é apontado como integrante de uma organização criminosa atuante dentro do órgão ambiental, recebendo propinas para omitir fiscalizações e agilizar processos de licenciamento em áreas ilegalmente apropriadas. Essas ações teriam facilitado diretamente a prática de grilagem de terras na região.
Durante a terceira fase da operação, agentes da Polícia Federal cumpriram um mandado de busca e apreensão na residência do investigado, onde foram encontrados R$ 20.000 em espécie escondidos em uma caixa de telefone celular. Ainda, em um episódio que chamou atenção das autoridades, o servidor, ao saber da ação policial após despachar sua bagagem, optou por não embarcar no voo que o levaria de volta a Manaus, numa tentativa de frustrar o cumprimento das medidas judiciais.
A Operação Greenwashing tem revelado um esquema complexo de corrupção envolvendo servidores públicos e criminosos que se beneficiam de ilícitos ambientais. A Polícia Federal segue com as investigações para identificar outros envolvidos e ampliar a coleta de provas relacionadas aos crimes apurados. O IPAAM ainda não se manifestou sobre o caso.
Por Rondônia em Pauta