Pequena ave nasceu com dois bicos e três olhos nas duas cabeças coladas uma na outra. Médico veterinário diz que a maior parte dos animais que nascem assim não sobrevivem.
Um pinto nasceu com duas cabeças em uma propriedade rural de Jaru (RO), na linha 632, a quase 300 km de Porto Velho. O caso aconteceu na quarta-feira (20) e surpreendeu o proprietário do local, Valdemiro de Oliveira.
“Eu já tinha ouvido falar de bezerro que nasceu assim. Agora pintinho com um corpo só, três olhos, não tinha visto. Ele tem dois bicos, uma cabeça grande, porque são duas coladas, e três olhos”, contou a g1.
De acordo com Valdemiro, ele achou que o ovo onde o pinto estava tinha apodrecido, já que o restante da ninhada nasceu e ele não quebrou. Quando ele foi descartar o ovo, percebeu que tinha algo dentro.
“Quando eu quebrei esse vi que tinha um pintinho dentro ainda, aí fui tirar pra ver se ele sobrevivia. No que eu fui tirando, vi que veio dois bicos e no fim vi que era um corpo com duas cabeças”, relembra.
O proprietário conta que a pequena ave nasceu viva, mas morreu pouco tempo depois.
De acordo com o médico veterinário e professor doutor da Universidade Federal de Rondônia (Unir), Angelo Laurence Covatti Terra, na maioria dos casos, animais que nascem com bicefalia [duas cabeças] ou outras deformidades não sobrevivem.
“Na grande maioria das vezes esse animais acabam não sobrevivendo, são natimortos ou mesmo acabam morrendo porque não ‘inviáveis’ do ponto de vista fisiológico”, aponta.
Ainda de acordo com Angelo, vários fatores podem contribuir para que isso aconteça, entre eles um erro genético ou a contaminação do ambiente onde o animal vive.
“Às vezes pode ser um erro genético na hora do embrião se formar, podem ser gêmeos e o embrião acaba se fundindo. Pode ser uma resposta a contaminação ambiental, alguma coisa nesse ambiente ingerido pela mãe ou mesmo pelo macho na hora de cruzar pode alterar as células reprodutivas e dar origem a animais com duas cabeças”, relata.
O que causa essa mutação são agentes teratogênicos, que produz alteração na estrutura do embrião. O tipo de anomalia vai depender da fase em que o embrião foi alterado.
Por Jaíne Quele Cruz, g1 RO