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Prefeitura envia projeto para Decoração Natalina em Vilhena no valor de mais de R$ 600 mil

Material não será locado, será comprado

No dia 13 de outubro o Rondônia em Pauta chamou a atenção da sociedade para a possibilidade do município ficar mais um ano sem a decoração, confira: Vilhena deverá ficar sem Decoração Natalina por mais um ano.

A Prefeitura de Vilhena enviou à Câmara de Vereadores de Vilhena o Projeto de Lei nº 6.554/2022 na manhã desta segunda-feira (17), após a Reunião das Comissões dos vereadores. O Executivo solicitou urgência, ou seja, o projeto poderá ser lido, discutido e votado na mesma sessão, dispensando as exigências regimentais, exceto parecer, quórum, publicação e inclusão na Ordem do Dia.

O valor de R$ 613.333,33 dentro do orçamento da Fundação Cultural de VIlhena (FCV), será usado para aquisição de material para decoração de natal e contração de empresa especializada em serviço de decoração, montagem, desmontagem e instalação da decoração.

Na justificativa para aprovação do projeto, a Prefeitura de Vilhena alegou:

“A cidade de Vilhena está sem decoração de natal há alguns anos, e o último ano em que se teve uma licitação foi em 2017. Informamos que tal contratação e aquisição se faz necessária, pois, podemos utilizar no próximo ano, mesmo sabendo que algumas peças estragam devido ao período de chuva e ao período de tempo guardado, porém algumas peças sempre são aproveitadas, como foi feito em anos anteriores, onde o servidor Marcos de Sousa, juntamente com os servidores da Fundação Cultural de Vilhena e da Secretaria Municipal de Obras se uniram para fazer a “decoração” utilizando os materiais que foram comprados no exercício de 2017 e doações do comércio local. Porém não queremos que esse tipo de situação ocorra novamente, porque esses servidores não são capacitados para fazer determinada tarefa colocando assim, suas vidas em risco”.

O Rondônia em Pauta apurou que o almoxarifado municipal é inadequado para guardar o material da Decoração Natalina e a maior parte estragaria antes de ser usado novamente. O certo seria construir um espaço adequado para armazenamento do material.

Polêmica

No ano passado, a Decoração Natalina foi alvo de polêmica durante quase o ano inteiro. Originalmente o projeto contemplava a decoração de rotatórias da BR-364 e das avenidas Major Amarante e Paraná, Rua Domingo Linhares, Rua Osvaldo Cruz, Praça Ângelo Spadari e Praça Nossa Senhora Aparecida, somando R$ 770 mil.

Ao apresentar a proposta aos vereadores, a prefeitura propôs diminuir os R$ 770 mil contemplando apenas a Praça Nossa Senhora Aparecida e a Av. Major Amarante, a praça ficaria em R$ 457.494,00 e a Major Amarante em R$ 228 mil, somando R$ 685.494,000. Um valor mais barato, mas descartaria as rotatórias e a Caixa d’água.

Mas conforme pedido dos vereadores Pedrinho Sanches (Avante), Zeca da Discolândia (PSD) e Samir Ali (Podemos) em reunião das Comissões para incluir mais avenidas, o projeto foi estendido para as avenidas Melvin Jones e Brigadeiro Eduardo Gomes, ambas avenidas compridas. A alteração elevou o custo da locação para R$ 1,3 milhão.

O projeto da Decoração Natalina foi uma iniciativa do empresariado local vilhenense que visava atrair movimentação no comércio e aumentar as vendas no período natalino, resultando em uma aumento na arrecadação que alimentaria os cofres públicos da Prefeitura de Vilhena. O projeto original, de iniciativa dos empresários, estava orçado em R$ 1,8 milhão, a prefeitura diminuiu para R$ 770 mil, mas com o pedido dos vereadores o projeto subiu para R$ 1,3 milhão.

Após uma semana dos vereadores terem pedido para incluir mais locais a serem decorados, o que acarretou no aumento do gasto, a maioria dos vereadores percebeu que o gasto não era popular, eles alegavam que o montante poderia ser revertido na saúde ou em cestas básicas. A constatação fez com que o projeto da Decoração Natalina fosse enterrada ali mesmo.

Os vereadores Dhonatan Pagani (PSDB), Professora Vivian Repessold (PP), Zezinho da Diságua (PSD), Zeca da Discolândia (PSD), Pedrinho Sanches (Avante) e Sargento Damassa (PROS) votaram contra o projeto.

Da redação do Rondônia em Pauta




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