Andréia Machado, presidente da Acemda, recebe o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade em Brasília.
A presidente da Associação Cultural, Educação, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Diversidade Amazônica (Acemda), Andréia Machado, recebeu o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A cerimônia de premiação aconteceu na segunda-feira, 24, no Clube do Choro, em Brasília, e contou com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes, do presidente do Iphan, Leandro Grass, da secretária nacional de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Política do Ministério das Mulheres, Carmen Foro, além de outras autoridades.
O evento premiou 15 projetos vencedores de 11 estados do país na 36ª edição do Prêmio Rodrigo, cujo tema foi “20 anos da Lei nº 10.639/2003: Educação, Democracia e Igualdade Racial”. A Lei, instituída em 9 de janeiro de 2003, incluiu no currículo oficial das escolas a obrigatoriedade do ensino da “História e Cultura Afro-Brasileira”. As iniciativas premiadas entre 2019 e 2022 foram escolhidas por sua excelência no campo do Patrimônio Cultural brasileiro, com foco em educação, democracia e igualdade racial.
A Acemda, única organização de Rondônia a ser premiada nesta edição, foi reconhecida pela “Revista Memórias e Histórias da Comunidade Quilombola de Pimenteiras do Oeste”. A honraria destaca o trabalho dos produtores culturais do interior de Rondônia e membros do Ponto de Cultura, Memória e Leitura da Acemda. O projeto foi coordenado por Izabel Mendes, com colaboração de Andréia Machado, Queitiane Rodrigues, Washington Kuipers e Marcio Guilhermon.
A revista teve como objetivo documentar e valorizar a rica cultura dos remanescentes quilombolas de Santa Cruz, em Pimenteiras do Oeste. Destacando-se entre 374 inscrições, a obra foi uma das 15 vencedoras na etapa nacional do Prêmio Rodrigo 2023. Izabel Mendes, remanescente quilombola de Santa Cruz, expressou sua satisfação com o reconhecimento nacional e destacou o compromisso do projeto com a valorização do conhecimento e da história local.
O projeto da revista foi contemplado no Edital Nº 37/2021/SEJUCEL-CODEC 2ª Edição, Povos Tradicionais Premiação para Difusão Cultural dos Povos Tradicionais Indígenas e Quilombolas, com recursos do Governo do Estado de Rondônia/SEJUCEL/FEDEC/RO e Lei Federal 14.017/2020 (Lei Aldir Blanc), do Governo Federal.
Intitulada “Memórias e Histórias da Comunidade Quilombola de Pimenteiras do Oeste”, a revista não só documenta tradições, conhecimentos e experiências da população local, mas também assegura a transmissão desses saberes para futuras gerações, preservando elementos culturais e rompendo com estereótipos e preconceitos. A comunidade quilombola de Pimenteiras do Oeste, assim, assume sua própria narrativa.
Emocionada, Andréia Machado agradeceu ao Iphan e ao Ministério da Cultura pela premiação, ressaltando que o prêmio é o reconhecimento do trabalho realizado em prol de valorizar a cultura afro-brasileira em Rondônia.
“Este prêmio é um reconhecimento emocionante e significativo do trabalho que realizamos para valorizar e preservar a rica cultura afro-brasileira em Rondônia. Agradeço ao Iphan e ao Ministério da Cultura por esta honraria, que fortalece nosso compromisso com a educação, a democracia e a igualdade racial. Este reconhecimento é de toda a comunidade quilombola de Pimenteiras do Oeste, que compartilhou suas histórias e tradições conosco. Continuaremos trabalhando para garantir que essas memórias sejam preservadas e celebradas por futuras gerações”, destacou Andréia Machado.
O Prêmio Rodrigo
O Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, promovido pelo Iphan desde 1987, tem abrangência nacional e reconhece iniciativas de valorização e preservação do Patrimônio Cultural do Brasil.
Texto e Fotos: Assessoria