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Usina de Santo Antônio retoma operações após paralisação devido à seca histórica no rio Madeira

Retorno gradual da geração de energia, mesmo com o rio atingindo níveis historicamente baixos

Hidrelétrica de Santo Antônio no Rio Madeira — Foto: Beethoven Delano/Arquivo Pessoal

Após duas semanas de paralisação em virtude da seca histórica que afeta o rio Madeira em Porto Velho, a Usina de Santo Antônio retomou suas operações nesta segunda-feira (16). A decisão de reiniciar as atividades foi tomada de forma conjunta com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em decorrência do aumento da vazão do rio.

A seca que assola o rio Madeira levou a uma paralisação inédita das operações na Usina de Santo Antônio, uma das maiores hidrelétricas do país. Os níveis de vazão do rio atingiram uma marca 50% abaixo da média histórica, levando a essa decisão crucial para garantir a eficiência da geração de energia elétrica.

Atualmente, estão em operação três turbinas da usina, gerando aproximadamente 210 Megawatts. Essa retomada gradativa representa um alívio em um momento crítico para o abastecimento de energia na região.

Além da paralisação na Usina de Santo Antônio, a seca impactou de forma significativa a infraestrutura energética, levando ao desligamento de uma das maiores linhas de transmissão de energia elétrica do Brasil, o Linhão do Madeira, que interliga as regiões Norte e Sudeste. Essa linha vital conecta as hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau à subestação de Araraquara (SP), desempenhando um papel crucial no fornecimento de energia elétrica.

Para priorizar o abastecimento nos estados do Acre e de Rondônia, a linha de transmissão foi desativada temporariamente, garantindo um suprimento mais estável de energia nestas regiões afetadas pela seca.

O rio Madeira, um dos principais rios da Região Norte do Brasil, enfrenta uma seca histórica, marcada pelo menor nível já registrado desde o início das medições há mais de cinco décadas, segundo a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O rio atingiu um nível abaixo de 1,17 metro, um cenário preocupante que afeta diretamente a produção de energia hidrelétrica e outras atividades dependentes desse recurso hídrico.

A seca prolongada representa um desafio para a manutenção do fornecimento de energia elétrica e evidencia a necessidade de estratégias eficazes para lidar com a variabilidade climática, garantindo a segurança energética da região.

A retomada das operações na Usina de Santo Antônio, mesmo diante da seca histórica do rio Madeira, é um passo importante para garantir o fornecimento de energia elétrica em um momento desafiador. A seca, que atingiu níveis alarmantes, requer medidas estratégicas para mitigar seus impactos no abastecimento e na infraestrutura energética. Ações coordenadas, inovação e investimentos são fundamentais para enfrentar os desafios climáticos e garantir uma matriz energética resiliente e sustentável para o futuro.

Por RO em Pauta





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