A vacina gripe, comumente aplicada em vários países do mundo, incluindo o Brasil, pode ser uma importante aliada para prevenir sintomas graves da Covid-19. Os dados de uma pesquisa foram publicados durante o Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas no último domingo (11).
Os cientistas da Universidade de Miami, nos Estados Unidos, analisaram dados de mais de 74 mil registros de saúde de pessoas de vários países diferentes. Destes, foram consideradas 37,3 mil que haviam tomado a vacina da gripe em até seis meses antes de terem Covid-19. Já um segundo grupo, com a mesma quantidade de pessoas, não tomou o imunizante contra a gripe antes de ter o diagnóstico positivo para o coronavírus.
Vacinas contra a gripe e a Covid-19
Os resultados mostraram que as chances do grupo vacinado contra a gripe precisar de internação em UTIs era até 20% menor quando comparadas com o grupo que não foi imunizado contra a gripe. Quem não tomou a vacina tinha ainda 45% a mais de chances de desenvolver infecção generalizada, 58% de derrame e 40% a mais de trombose venosa profunda.
O quadro dos dois grupos foi acompanhado por até quatro meses depois de terem testado positivo para a Covid-19. Uma das respostas possíveis para o resultado pode estar no fato das vacinas para gripe estimularem o sistema imunológico a trabalhar, o que pode ajudar no combate contra o coronavírus.
Os pesquisadores, no entanto, alertam que ainda são necessários mais estudos para entender a relação entre as vacinas contra a gripe e a Covid-19. A vacina de influenza não é de forma alguma uma substituta para a vacina contra Covid-9 e defendemos que todos recebam sua vacina contra Covid-19, se puderem”, explica Susan Taghioff, líder do estudo.
Olhar Digital