Acadêmicos surdos da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) protestaram nesta terça-feira (13) no campus de Vilhena. Munidos de cartaz, eles cobram da reitoria, em Porto Velho, a contratação de intérprete de Libras para auxiliá-los nos estudos e evitar prejuízos, pois o semestre acadêmico está em curso.
A acessibilidade é garantida por lei e consta no Decreto nº 5.626/2005 e Lei 10.436/2002.
Os surdos pedem uma justificativa, cobram da reitoria a acessibilidade e aprovação da bolsa para o intérprete de Libras. “Não há como esperar mais, queremos uma resposta da reitoria, temos cursos, reuniões, o semestre está acontecendo e a gente precisa de acessibilidade”, explicou uma aluna na língua brasileira de sinais.
O Rondônia em Pauta entrou em contato com o diretor do campus, Dr. Claudemir da Silva Paula, que está neste momento em Porto Velho, discutindo o assunto da falta de intérprete de libras.
“A direção de Campus não resolve o problema. O Governo Federal cortou o dinheiro para pagar os intérpretes. A reitora esteve em Brasília buscando convencer o Governo a autorizar a contratação emergencial. Se for para falar precisa atacar a política do atual presidente da República. A falta de interprete é um reflexo dos cortes de orçamento do Governo Federal”, afirmou o diretor.
Manifestação teve resultados positivos
A poucas horas da manifestação, foi divulgado no site da Pró-Reitoria de Cultura, Extensão e Assuntos Estudantis (Procea) da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) um edital e indicativo de comissão do processo seletivo para concessão de Bolsa Tradutor/Intérprete da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) – Edital nº 08/PROCEA/UNIR/2022 (VEJA AQUI).
O processo seletivo para concessão de Bolsa de Tradutor/Intérprete de Língua de Sinais (BTILS) é destinada a profissionais com proficiência em Libras e a servidores da UNIR, para atuar em sala de aula e em projetos de extensão socioeducacionais de alunos surdos da Universidade.
Da redação do Rondônia em Pauta