Declarações contra a comunidade LGBTQIA+ geram reações e investigação por parte do Ministério Público
Na última sessão da Câmara de Vereadores de São Miguel do Guaporé (RO), o vereador Leandro Aparecido do Carmo (PSD) proferiu um discurso controverso, no qual expressou ser contrário à comunidade LGBTQIA+, alegando que esta não “produz família”. O episódio ocorreu durante a leitura de um Projeto de Lei que contemplava verbas da Lei Paulo Gustavo, incluindo recursos para o público LGBTQIA+.
As declarações do parlamentar foram prontamente repercutidas, gerando indignação e críticas de diversos coletivos e grupos sociais. O Ministério Público de Rondônia instaurou uma Notícia de Fato para investigar o caso, além de enviar um ofício à Comissão de Ética da Câmara, buscando tomar as devidas providências.
Representantes desses grupos estiveram presentes em uma sessão subsequente da Câmara, realizando um protesto contra a homofobia e protocolando uma representação no Ministério Público. Eles questionaram se é condizente com o papel de um representante do Estado agir com preconceito e discriminação, especialmente contra uma parcela da população que ele deveria representar.
Em resposta às acusações de homofobia, o vereador Leandro Aparecido do Carmo se defendeu, alegando que seu discurso não foi contra a comunidade LGBTQIA+, mas sim contra a proposta de destinação das verbas da Lei Paulo Gustavo para “eventos” que ele discorda. Ele enfatizou sua crença cristã e defesa da família, reforçando que houve mal-entendido na interpretação de suas palavras durante a sessão.
A situação levantou debates importantes sobre a liberdade de expressão e os limites éticos que os representantes públicos devem observar em suas manifestações. O desdobramento das investigações e a reação da comunidade LGBTQIA+ e da sociedade em geral serão fundamentais para compreender o impacto desses eventos no cenário político local.
Assista ao vídeo da sessão que foi transmitida ao vivo:
Por RO em Pauta