Jurados acolhem argumentos do Ministério Público e reconhecem circunstâncias atenuantes no caso que envolve atropelamento durante manifestação.
Em uma sessão realizada nesta quinta-feira, 30, os jurados acolheram integralmente a sustentação do Ministério Público no caso envolvendo o caminhoneiro acusado de tentativa de homicídio duplamente qualificado durante um protesto em Cacoal, no ano passado.
Segundo a versão reconhecida pelos jurados, o acusado assumiu o risco de produzir o resultado morte ao utilizar um meio que resultou em perigo comum, além de empregar um recurso que dificultou a defesa da vítima, uma das manifestantes que protestavam contra o resultado da eleição presidencial.
A decisão dos jurados também considerou uma causa de diminuição de pena em favor do caminhoneiro, levando em conta as circunstâncias que antecederam o crime, como o apedrejamento do veículo pelos próprios manifestantes. O acusado, que permaneceu preso preventivamente por um ano, foi condenado a 4 anos e 2 meses de reclusão, com cumprimento inicialmente no regime semiaberto.
A sentença reflete a complexidade do caso, destacando a necessidade de ponderar os eventos que antecederam o atropelamento e as ações subsequentes que levaram à condenação do réu.
O veredicto desperta discussões sobre os limites da legítima defesa e a responsabilidade dos envolvidos em situações de confronto durante manifestações, abrindo espaço para reflexões sobre a busca por um equilíbrio entre o direito à expressão e a segurança coletiva.
A defesa e a acusação agora têm prazo para recorrer da decisão, garantindo que o desfecho judicial ainda possa sofrer alterações no decorrer do processo.
Assista aos vídeos da ocorrência:
Ele foi preso no Riozinho
Naquela fatídica noite o caminhoneiro tentou negociar com manifestantes em Cacoal, que bloquearam BR-364 devido a que não aceitam o resultado das urnas nas eleições presidenciais 2022.
Em um dos vídeos é possível ver o caminhoneiro cercado por manifestantes e ele advertindo: “vai dar mer…@!
Seguidamente, o caminhoneiro avança a carreta e a cabine é apedrejada, tiros são escutados. Leva barracas e passa por cima de uma mulher no meio da BR-364.
O caminhão foi detido pela PRF na altura do Riozinho. O caminhoneiro mora em Vilhena.
Por RO em Pauta