De acordo com a Vigilância em Saúde do Estado, diminuir o intervalo entre as vacinas não causa impacto significante na eficácia
Recentemente, pacientes apresentaram dúvidas sobre possível diminuição do intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina Astrazeneca. De acordo com notas técnicas recebidas pela Prefeitura de Vilhena, a orientação é que o prazo a ser seguido seja o estabelecido no PNI (Plano Nacional de Imunização) do Ministério da Saúde. Portanto, fica mantido o prazo de 90 dias para a segunda dose desta marca.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, assinou nota conjunta com conselhos de saúde nesta terça-feira, 27, sobre o tema. No documento fica definido que os estados e municípios devem seguir os prazos do PNI para os intervalos entre as doses. Leia na íntegra no link: www.bit.ly/notamsvacina.
A nota afirma ainda que, após a conclusão da vacinação de ao menos uma dose para grupos prioritários, a ordem deve seguir por faixa etária decrescente (como já vem sendo feito na cidade). Além disso, adolescentes entre 12 e 17 anos devem ser vacinados (com prioridade para aqueles com comorbidades) somente após a conclusão da população adulta.
Ainda assim, o Ministério explica que “após a distribuição da primeira dose para toda a população adulta, será analisada a redução do intervalo entre a primeira e a segunda dose”.
A coordenação do Setor de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde de Vilhena explica que a decisão acertada em não reduzir o intervalo entre as doses aumenta a proteção geral da população, visto que a antecipação da segunda dose reduziria a velocidade da aplicação da primeira dose, que confere a maior parte da proteção. Este avanço mais lento imunidade coletiva, com muitos sem nenhuma dose, poderia dar mais espaço para variantes se alastrarem.
“O Ministério sinalizou que pretende reduzir o intervalo da Pfizer, mas até o momento nada foi publicado. Nós temos como prioridade avançar a imunização do maior número de pessoas possível, para conter o avanço das variantes. Os documentos que recebemos indicam ainda que o possível aumento da eficácia com a antecipação da segunda dose é de apenas 4%. É muito pouco para colocar em risco o avanço das faixas etárias, pois, as primeiras doses das vacinas podem proporcionar 60% ou mais de proteção e já chegam direcionadas para sua finalidade”, informou a enfermeira Waléria Prado, do setor de Imunização.
A eficácia da vacina, mesmo sem a antecipação da segunda dose, fica evidente pelos números de casos ativos e internados no município, que reduziram drasticamente após o avanço da vacinação.
Semcom