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Violência contra as mulheres abre ciclo de palestras na FASA, em Vilhena

Evento faz parte das comemorações da 84º Semana Brasileira de Enfermagem e 1ª Semana de Enfermagem da Faculdade Santo André

“Uma noite especial para todos nós”, assim resumiu a presidente da Faculdade Santo André (FASA), doutora Margarida Arcari, ao se referir sobre o evento da noite de terça-feira, 16, no auditório da instituição.

A faculdade iniciou um ciclo de palestras referentes à 84º Semana Brasileira de Enfermagem e 1ª Semana de Enfermagem promovida pela FASA.

O coordenador do curso de Enfermagem, professor e doutor Adriano Lafin, fez a função de cerimonialista e a abertura oficial do evento foi feita pela presidente da faculdade. Três indígenas, acadêmicos de Enfermagem, conduziram os estandartes Nacional, Estadual e Municipal, acompanhados por outros alunos do curso que entraram com uma lâmpada. A ‘passagem da lâmpada’ foi explicada por um dos acadêmicos. “A Passagem da Lâmpada marca a história da Enfermagem e que foi inspirada na pioneira Florence Nightingale, que, em 1853, se prontificou para cuidar dos soldados feridos na Guerra da Criméia. Durante a noite, ela fazia visitas aos feridos e, para iluminar seus passos, levava uma lamparina, hábito que a deixou conhecida como ‘a dama da lâmpada’. Por isso, a lâmpada tornou-se o símbolo da Enfermagem”, justificou.

A primeira noite de palestras teve como tema a “Dinâmica das Relações Sociais de Mulheres em Situação de Violência por Parceiro Íntimo”. A temática, ministrada pela professora e doutora Clenilda A. dos Santos, iniciou relembrando as situações sociais ocasionadas pela pandemia no período mais crítico em 2019 e 2020. “Não podemos esquecer que durante o período mais crítico de disseminação do vírus as pessoas não podiam sair de casa. O isolamento social trouxe alguns problemas de relacionamento entre os casais e, como consequência, muitas mulheres foram vítimas de violência por seus parceiros, como violência psicológica, sexual, entre outras”, comentou a palestrante.
Fazendo um paralelo com o Covid-19, a dra. Clenilda destacou que a violência contra as mulheres é uma ‘pandemia invisível’, citando uma edição da revista ABRASCO, publicada em 2020.

A palestrante enfatizou que os sistemas de saúde devem funcionar como uma ferramenta no combate à violência, “para tanto, os profissionais precisam passar por treinamentos e capacitações para uma qualificação ainda mais eficiente diante das demandas que constantemente se apresentam”. Ela mencionou que uma pesquisa realizada em 2021 em Santos, cidade do litoral paulista, constatou que dados indicaram que houve repetição do quadro de violência perpetrada por parceiros diferentes. “O trabalho realizado somente com as mulheres pode tornar os homens ainda mais agressivos devido à percepção de mudanças no comportamento nessa mulher”, relatou.

Em relação a Rondônia, a dra. Clenilda disse que uma pesquisa feita por autoridades de saúde pública do Estado, no período de 2009 a 2011, constatou 16.993 feminicídios e que dos 52 municípios, apenas sete possuem serviços de atendimento às mulheres em situação de violência doméstica. O atendimento é feito em Ariquemes, Cacoal, Guajará-Mirim, Ji-Paraná, Porto Velho, Rolim de Moura e Vilhena.

Durante a palestra, ela demonstrou em slides um estudo, no formato de pesquisa, que fez para apresentação de tese acadêmica onde formatou um mapeamento da rede social de 21 mulheres moradoras em diferentes bairros da capital Porto Velho.

A 1ª semana de Enfermagem da FASA prossegue nesta quarta, 17, às 19h30 com o tema: “O Papel do Enfermeiros na promoção da saúde e Prevenção de Doenças. O palestrante será o professor especialista Antônio J. de Andrade

Por Ribamar Araújo (Assessor/FASA)




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