Intenção é que vereadores investiguem o pagamento irregular do Piso Salarial e efetividade dos gastos obrigatórios do FUNDEB.
O décimo primeiro dia de greve dos servidores municipais ligados à educação (magistério) teve como ponto alto o registro por parte do Sindsul – Sindicato dos Servidores Municipais do Cone Sul de Rondônia – do pedido de abertura de CPI para que os vereadores investiguem a aplicação de recursos que chegam até a pasta da Educação.
O pedido foi recebido pelo presidente da Casa de Leis vilhenense, Samir Ali, que aproveitou o ensejo e declarou estar “do lado da Educação para o que der e vier”. Ronildo Macedo, outro vereador presente na entrega dos documentos, também declarou ser a favor da abertura de CPI.
Além do ofício protocolado na Câmara (leia o conteúdo na íntegra aqui) a diretoria do Sindsul entregou aos vereadores um abaixo-assinado que contêm mais de 800 assinaturas de munícipes declarando apoiar a investigação.
Wanderley Ricardo, presidente do Sindsul, explicou que o pedido protocolado hoje na Câmara, nada tem a ver com petição para cassar o mandato de Flori. “A intenção do Sindsul é, e sempre será, defender os direitos dos servidores. Cassação de mandato não compete a nós. Nosso pedido junto aos vereadores é que se investigue como tem sido aplicado o dinheiro da Educação. Simples assim”, falou o presidente.
Mesmo sendo contraditório, acreditar que um fiscal do povo (vereador) vote contra o pedido de fiscalização do dinheiro público, o Sindsul convocou os servidores grevistas para estarem na próxima segunda-feira, 28 de agosto, na sessão extraordinária, agendada para as 09h00, afim de “observar” voto dos vereadores em solenidade já confirmada pelo presidente da Casa, Samir Ali.
Após o pedido protocolado, manifestantes ainda foram até o paço municipal, registraram o momento e retornaram ao Sindsul.
Em tese, a greve continua até que seja de fato votada a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
Texto e fotos: assessoria